Censo Agropecuário

Há uma falácia muito comum entre os brasileiros, segundo a qual somos um povo sem memória, e isso nos remeteria à falta de consciência popular da nossa História, até mesmo desprezando nossos heróis e os responsáveis pelo desenvolvimento de nossas instituições. Não é mais verdade. Pode ter sido assim por algum tempo no passado, mas essa questão foi superada há anos por uma série de ações desenvolvidas por organismos públicos e instituições representativas dos vários segmentos econômicos e sociais do País. Entre esses, avulta a notável contribuição do IBGE com seus importantes Censos, verdadeira radiografi a das mudanças estruturais vivenciadas pelos diversos setores nacionais. E, no campo do agronegócio, o trabalho do IBGE é absolutamente fundamental para quem quiser entender os avanços experimentados, na estrutura fundiária, no padrão tecnológico, na produção e produtividade, na troca de atividades produtivas, no perfi l dos agentes econômicos (proprietários e colaboradores), em que área for. A informação estatística é fundamental para acadêmicos, analistas, formuladores de políticas públicas, parlamentares, lideranças privadas, jornalistas, enfi m, para quem quiser saber o que aconteceu com as cadeias produtivas e todos os fatores que interferem na oferta agropecuária. Pois este livro, reunindo dados de mais de 60 anos do setor rural brasileiro, será um verdadeiro marco na história deste relevante segmento, um farol a iluminar e orientar qualquer cidadão que precise se informar sobre esta realidade. Roberto Rodrigues Coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas - FGV Agro, Presidente da Academia Nacional de Agricultura e Embaixador Especial da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization of the United Nations - FAO) para o Cooperativismo. Em pouco mais de 40 anos, nosso País saiu da posição de importador de alimentos para se tornar uma das maiores potências agrícolas do planeta. Esta é a história que o IBGE e os Censos Agropecuários ajudam a contar. Ao resumir essa história, esta publicação estampa em suas páginas o sucesso do Brasil e dos brasileiros que se dedicam à abençoada tarefa de produzir alimentos. Senadora Kátia Abreu Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA. Tenho sempre acompanhado, com a maior atenção, os trabalhos censitários sobre o agronegócio brasileiro, realizados com muito carinho pelo nosso IBGE, com toda a sua competente equipe. Confesso que é impressionante a evolução que podemos observar a cada Censo que se realiza. Muito tenho aproveitado dessas importantes informações, especialmente como profi ssional totalmente ligado à produção nacional. Delas tenho me valido, sempre com muita segurança, pois me honram as afi rmações que tenho recebido no exterior, de que o Brasil tem sempre informações seguras, graças “ao seu IBGE”. Preocupome muito com a história deste nosso setor produtivo rural, que hoje, com muito orgulho, sustenta o nosso País. Necessitamos ter, de forma indelével na memória nacional, o que o IBGE nos indica. Nada melhor que a sua equipe para registrar esta grande batalha. Alysson Paolinelli Engenheiro agrônomo e produtor rural.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, dando continuidade à divulgação dos resultados do Censo Agropecuário 2017, apresenta a publicação Características gerais das produções agropecuária e extrativista, segundo a cor ou raça do produtor e recortes territoriais específicos, que se tornou possível graças à inovação dessa edição da pesquisa ao investigar a cor ou raça dos produtores e dos seus cônjuges em todo o território nacional.

O IBGE realizou, em 2017, uma operação censitária com o objetivo de retratar a realidade do “Brasil Agrário” por meio da investigação das características e das atividades econômicas realizadas nos estabelecimentos agropecuários do País. Para tal, foram adotadas as premissas sugeridas no Programa del Censo Agropecuario Mundial 2020, implementado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (Food and Agriculture Organization - FAO) em 2016; as categorizações da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, elaborada pelo IBGE em 2007; e a Revisão 4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de Todas las Actividades Económicas - CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC), da Divisão de Estatística das Nações Unidas (United Nations Statistics Division - UNSD).

O IBGE realizou, em 2007, uma operação censitária que abrangeu o Censo Agropecuário 2006, a Contagem da População 2007 e o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos, com o objetivo de atualizar as estimativas populacionais e as informações sobre as atividades econômicas realizadas, no País, pelos indivíduos e empresas agropecuárias. Como fruto dessa operação conjunta, são apresentados, nesta publicação, os resultados preliminares do Censo Agropecuário 2006, os quais podem sofrer alterações quando da divulgação definitiva.

Dando início à divulgação temática dos resultados do Censo Agropecuário 2006, o IBGE apresenta, pela primeira vez, informações sobre a atividade econômica realizada pela agricultura e empreendimentos familiares rurais no País, assim considerados os que atendem, simultaneamente, aos critérios definidos pela Lei n° 11.326, de 24 de julho de 2006, quais sejam: a área do estabelecimento ou empreendimento rural não excede quatro módulos fiscais; a mão de obra utilizada nas atividades econômicas desenvolvidas é predominantemente da própria família; a renda familiar é predominantemente originada dessas atividades; e o estabelecimento ou empreendimento é dirigido pela família.