Mudar a capital fora idéia antiga. Antes mesmo da Independência, já se a defendia. Vários o fizeram, entre outros, Hipolito José da Costa, no seu Correio Braziliense, e José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, em orientações aos deputados às Cortes de Lisboa, ainda ao tempo do Reino Unido, e, depois, como membro do governo imperial. A idéia esteve presente na primeira constituinte, mas não ficou no texto da Constituição Imperial de 1824. Entre vários nomes, arautos do assunto, Francisco Adolfo de Varnhagen, o Visconde de Porto Seguro, pugnou pela mudança, inclusive viajando ao interior e expondo seus argumentos no opúsculo A questão da capital: marítima ou no interior?, de 1877. Depois do Império, a idéia tornou-se preceito constitucional, consagrado já na primeira Constituição republicana, em 1891, e mantido nas Constituições de 1934 e de 1946.